E “sucesso” neste caso, traduz-se em mais vagas a juntar àquela conquistada no Mundial do Japão, há dois anos, por Frederico Morais.
Mais uma vez, a Frederico “Kikas” Morais, juntam-se Vasco Ribeiro e Miguel Blanco, acompanhados na competição feminina por Teresa Bonvalot, Yolanda Hopkins Sequeira e Carolina Mendes, numa equipa que está em grande forma competitiva e pronta para fazer mossa nas ondas de La Bocana e El Sunzal.
“O grande objetivo é qualificar o maior número possível de atletas para os Jogos Olímpicos. É uma tarefa difícil mas acreditamos na qualidade e potencial dos nossos atletas. Todos estão a atravessar um excelente momento de forma e estamos convictos que vamps colocar mais atletas em Tóquio”, atira David Raimundo, com uma convicção suportada por resultados como a recente vitória de Vasco Ribiero na etapa do QS (Mundial de qualificação da World Surf League) no último fim de semana e pela conjuntura, nomeadamente, o facto de as principais potências do surf mundial já terem praticamente assegurado as suas vagas disponíveis.
O excelente momento de forma dos surfistas nacionais explica-se também pela continuidade das competições em mar português, nomeadamente o Campeonato Nacional/Liga Meo, que nunca parou apesar da pandemia, e pelo trabalho que a Federação Portuguesa de Surf fez com estágios como aquele levado a cabo recentemente na Madeira, em condições excecionais e muito semelhantes àquelas que esperam a equipa das quinas em El Salvador: água quente e boas ondas.
“Nunca estive em El Salvador pessoalmente, mas a Carol e a Teresa já lá estiveram e deram-nos boas informações. La Bocana é uma direita longa, à
imagem de Ribeira d’Ilhas, e El Sunzal é uma esquerda mais poderosa e curta”, explicou o técnico nacional, acrescentando: “O campeonato realiza-se numa altura do ano em que El Salvador recebe as melhores ondulações e isso, à partida, vai beneficiar-nos, pois ondas boas favorecem os melhores surfistas.”
O presidente da Federação Portuguesa de Surf, João Aranha, está otimista para mais esta campanha da Seleção: “Este pode ser mais um momento histórico para o surf nacional. A presença nos Jogos Olímpicos é já uma certeza mas queremos deixar uma marca nesta estreia olímpica e para isso ajudaria, e muito, termos uma comitiva bem preenchida. Mas independentemente do resultado, tenho muita confiança na equipa técnica e nestes surfistas e sei que deixarão uma imagem francamente positiva em El Salvador e, esperamos todos, no Japão.”
O surf faz a sua estreia olímpica em Tóquio, nos jogos que decorrem entre 23 de Julho e 8 de Agosto.