Diogo Cayolla, Skipper da equipa, mostrou-se desanimado com o resultado alcançado no final da etapa: “Este ano, como já tive oportunidade de afirmar, é um ano que definimos para aprendizagem e temos muito ainda para evoluir, mas penso que merecíamos mais um bocadinho. Perdemos 3 regatas com a colisão de ontem que, na minha opinião, podia ter sido evitada pela equipa americana, e isso limitou-nos para o resto da etapa. A maioria dos juízes decidiu que não tínhamos razão no protesto (4 votaram contra e 3 votaram a favor) e temos de aceitar essa decisão”.
A equipa suíça Alinghi ganhou o terceiro Ato consecutivo, mas a surpresa do dia foi protagonizada pela Red Bull Sailing Team que, numa emocionante regata final, tirou a Oman Air do pódio lisboeta, ocupando assim o 3º lugar. Em 2º lugar ficou a NORAUTO, uma das equipas convidadas exclusivamente para esta etapa.
Desta forma a Oman Air fica apenas 2 pontos à frente da Alinghi na classificação geral e a Red Bull Sailing Team mantem-se na terceira posição, a apenas 4 pontos do segundo classificado. Isto significa que está tudo em aberto para o último Ato da temporada, em Sidney.
O Skipper da Oman Air, declarou no final da etapa “Lisboa foi uma excelente etapa e a Alinghi esteve imbatível demonstrando que neste momento são a melhor equipa em prova nos catamarãs GC32. Temos muito trabalho a fazer se os quisermos superar, mas vamos recuperar desta situação”.
O Ato 7 foi ganho pela Alinghi, que no final da etapa se mostrou contente com a 3ª vitória consecutiva em Atos e confiante para o Ato 8: “Acho que temos condições para ganhar em Sidney, só precisamos de ganhar à Oman Air. Agora vamos descansar umas semanas para voltarmos mais fortes do que nunca. Vai ser um tudo ou nada na final da temporada!”, declarou Arnaud Psarofaghis, o leme da equipa.
O público acorreu em peso à Doca de Pedrouços para ver a prova que proporcionou algumas das regatas mais rápidas até ao momento nesta temporada, com os catamarãs GC32 atingindo cerca de 35 nós de velocidade (cerca de 70 km/hora) e tendo como cenário a icónica Torre de Belém e a Ponte 25 de Abril.
A assinalar também no dia de hoje a colisão entre os catamarãs da Thalassa Magenta Racing, a primeira equipa totalmente feminina a competir nas Series, e da SAP Extreme Sailing Team, que obrigou a equipa do Canadá a tirar o barco da água e a fazer reparações, perdendo desta forma quatro das seis regatas do dia.
A SAIL Portugal – Visit Madeira fez um extraordinário trabalho noturno de reparação do seu GC32 e conseguiu ter tudo pronto para a final mas a perda de pontos em três regatas fez com que terminasse o Ato 7 na 8ª posição, atrás da Land Rover BAR (6º lugar) e da Vega Racing (7º lugar).
Os catamarãs GC32 vão agora viajar até à Austrália para a última etapa da temporada de 2016 que acontece de 8 a 11 de dezembro, em Sidney.
FOTO: Martina Osini