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Equipas chegam a Lisboa

Depois de nove dias a atravessar o Atlântico, as seis equipas chegaram a Lisboa durante as primeiras horas desta quarta-feira, 27 de maio, numa manhã marcada por vento fraco que obrigou os barcos a manobras surpreendentes para atingirem a linha de chegada instalada em frente à Doca de Pedrouços – quartel-general da Volvo Ocean Race Lisboa.
A luta pelo primeiro lugar foi renhida, entre o Team Brunel e a equipa espanhola Mapfre, com os holandeses a levarem a melhor. Passavam nove minutos das cinco da manhã quando o Team Brunel, comandado pelo skipper Bouwe Bekking, cruzou a linha de chegada, vencendo a sétima etapa da Volvo Ocean Race. “A equipa está bastante satisfeita com o resultado da prova” disse Bekking na conferência de imprensa que reuniu os skippers de todas as equipas. “Já atravessei o Atlântico umas 80 vezes mas nunca tinha feito uma viagem tão calma” afirmou convicto. 
Vinte e dois minutos depois foi a vez do Team Mapfre fazer a festa do segundo lugar, com as celebrações a cargo do skipper Iker Martinez. A formação do país vizinho mostrou-se “ muito feliz com o 2º lugar e por estar novamente na Europa. Há doze meses nem barco tínhamos, e hoje atingimos excelentes resultados. Todos trabalhámos muito e divertimo-nos bastante juntos”, garantiu Martinez. A luta acesa foi entre o Team Alvimedica – comandada pelo estreante Charlie Enright – que se adiantou na última manobra ao alinhar com a linha de chegada, assegurando o terceiro lugar, relegando o Dongfeng Race Team para a quarta posição. Os norte-americanos acabaram por ser a surpresa do dia, e admitiram ter usado a experiência recolhida entre Abril e Maio de 2014, quando instalaram a sua base de treino na Doca de Alcântara em Lisboa. “O conhecimento da recta final desta etapa permitiu-nos navegar junto à costa. Recolhemos daí vantagem e esse foi o nosso truque”, desvendou Enright. Em contrapartida, os chineses mostraram-se desiludidos com o quarto lugar alcançado (depois de dois primeiros lugares nas chegadas a Sanya e Newport). Charles Caudrelier admitiu alguns erros, e destacou a inexperiência da sua tripulação relativamente aos segredos dos mares portugueses. “Há dois dias estávamos em primeiro lugar, e depois tivemos alguns contra-tempos que nos atrasaram. Quando retomámos o rumo já nos tinham ultrapassado” lamentou o skipper francês. 
O Team Abu Dhabi Ocean Racing, vencedor da tirada transatlântica da última Volvo Ocean Race acabou por chegar à Doca de Pedrouços em quinto lugar, com o Team SCA a fechar a contabilidade na sexta posição, concluindo a sua travessia desde Rhode Island às 9h32 da manhã desta quarta-feira. 
Foi também durante a útima madrugada que o Volvo Ocean 65 do Team Vestas Wind chegou à Race Village da Volvo Ocean Race Lisboa... mas por terra. Os dinamarqueses foram forçados a suspender a sua participação na regata logo no decorrer da segunda etapa, ao encalharem e danificarem gravemente a embarcação num recife ao largo das Ilhas Maurícias. Depois de meses a ser reparado em Itália, nos estaleiros da Persico, o barco está finalmente pronto para retomar a partir de Lisboa e já de olhos postos na vitória em Lorient. 
A largada rumo a França acontecerá a 7 de junho, percorrendo a frota um percurso ao longo de toda a costa lisboeta até ao Terreiro do Paço, seguindo depois em direcção a Lorient, naquela que será a mais curta etapa da prova, com apenas 647 milhas náuticas. Antes disso, a partir de 4 de junho, os barcos voltam ao rio Tejo para as primeiras regatas de treino (dia 4) e Pro-Am (4 e 5), estando o dia 6 reservado à realização da Regata In-Port.
 
Foto: Ricardo Pinto

 

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