Tejo e Cultura Avieira em destaque no CNEMA

avieira1Integrando a 49.ª Feira Nacional de Agricultura, 59.ª Feira do Ribatejo, o CNEMA - Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas foi palco do 1º Fórum Ibérico do Tejo e do 3º Congresso Nacional da Cultura Avieira.

Com manifestações culturais paralelas decorrendo em simultâneo - do folclore à pintura, à fotografia, à arqueologia e às embarcações Avieiras e da Vieira de Leiria -, o Tejo foi a centralidade que congregou, nos dias 8 e 9 de Junho, académicos e estudiosos, portugueses, castelhanos e galegos e uma das comunidades mais identitárias para a cultura das gentes taganas - a Avieira.

Tratou-se de uma organização do Instituto Politécnico de Santarém em parceria com a Universidade de Castilla La Mancha e apoiado pelo CNEMA e CAP – Confederação dos Agricultores Portugueses. O 1º Fórum Ibérico do Tejo decorreu sob a temática “O Tejo - corredor de cultura e de identidade ibéricas -, berço de civilizações e factor de desenvolvimento dos territórios e do Turismo”, cujas apresentações refletiram a importância do rio, enquanto fator de identidade e âncora para o desenvolvimento turístico e económico da região.
Já o 3º Congresso Nacional da Cultura Avieira, abordou a Cultura Avieira (constituída como projeto de candidatura a património nacional), enquanto potencial para um turismo cultural que visa a agregação de valor às comunidades locais.
De forma a dignificar os muitos elementos desta comunidade que participaram nos trabalhos, foram homenageados seis dos seus mais idosos representantes, autênticos porta-vozes desta cultura, num reconhecimento do seu valor, enquanto atores vivos de um património inestimável. O mais novo dos homenageados tem 80 anos e o mais idoso tem 88 anos. Foram eles Vítor Tomás (Caneiras), Crispim Dinis (Valada/Cartaxo), Manuel do Vau [Bau] (Vila Franca de Xira), Emília Lameira (Vale de Figueira), Iria Grilo (Touco/Alpiarça) e Maria de Sousa (Azinhaga).
Sendo âncora do Projeto de Candidatura da Cultura a Património Nacional, a casa palafítica, o barco, as artes de pesca, o traje, a fala, a religiosidade e o património gastronómico, apresentaram-se estudos e propostas sobre a dimensão social de um processo integrado de desenvolvimento, tendo por base os desafios e as oportunidades de um turismo sustentável assente nestes pilares.