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“Mar em Português” juntou mais de 150 participantes

1 marportuNo dia 17 de Outubro decorreu no Salão Nobre do Mosteiro dos Jerónimos a conferência intitulada “Mar em Português”, que contou com diversos oradores de excelência que abordaram o mar como ponto estratégico no crescimento económico do país. Foram apresentados case-studies, tendências e as melhores práticas do sector, numa sessão que durante um dia reuniu mais de 150 participantes.
Este evento integrado no ciclo de conferências Adamastor, conjunto de sessões relacionadas com a economia do mar, foi organizado do Jornal Notícias do Mar, Media 4U, e revista Cargo. E contou com o patrocínio dos Portos de Sines e do Algarve, Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo, S.A., Porto de Lisboa, Porto de Setúbal, Altran, Nautel, Mútua dos Pescadores, Yamaha, Torrestir e Docapesca, bem como o apoio do Museu Nacional de Arqueologia.
Numa altura em que o Mar é consensualmente estratégico, é necessário definir uma estratégia bem delineada a médio e longo prazo, que faça a ponte entre sectores tão diversos como o Turismo, a Construção Naval, a Energia, os Portos, a Logística, a náutica de recreio, os desportos aquáticos, entre outros.
A manhã começou com uma mesa redonda sobre “Turismo Costeiro, a Náutica e os Desportos Aquáticos” que contou com a intervenção de Isabel Feijão Ferreira (Chefe de Equipa Multidisciplinar -Turismo de Portugal), Pedro Bacalhau (CEO Algarexperience), Rui Palma (Director Geral da Palmayachts), Alberto Braz (Gestor de projecto de recifes artificiais na Subnauta / Ocean revival). De salientar os resultados positivos do Turismo Náutico, numa altura favorável para o Turismo Português em geral.
Apesar desta evolução ficou patente na intervenção de Pedro Bacalhau a dificuldade que as restrições e a burocracia impõem à actividade. Havendo necessidade de agilizar processos e de facilitar contactos com entidades decisoras e que intervêm no sector. Sendo necessário, por isso, uma maior concertação entre os órgãos de decisão como o Turismo de Portugal e os operadores.
No ano em que se comemora os 40 anos do primeiro campeonato nacional, (Ericeira) e da primeira prova internacional em solo nacional (Peniche), o Surf em Portugal continua a dar cartas. Vicente Pinto (Vice-presidente da Câmara Municipal de Espinho), João Moraes Rocha (Magistrado Judicial), Miguel Pedreira (Jornalista) e João Valente (Director SurfPortugal Media) debateram o presente e o futuro de um sector que factura na ordem dos 400 milhões de euros e com margem para continuar a evoluir.
Os oradores falaram ainda da dinâmica das ondas e da importância da sua defesa. Destaque ainda para a melhor onda do norte e o papel que a Câmara Municipal de Espinho tem desempenhado na definição do destino Espinho como palco de eventos e para a prática de Surf.
A manhã prosseguiu ainda com a apresentação “Flying Sharks: o pai de todos os transportes”, levada a cabo por João Correia, fundador da Flying Sharks e professor associado na Escola Superior de Tecnologia do Mar – Politécnico de Leiria que falou no transporte aéreo de 3.100 espécies marinhas para Istambul, e a intervenção de Miguel Marques, sócio da PwC, que abordou o tema ‘Sentir o Mar – Uma perspectiva’, com base no barómetro LEME sobre a Economia do Mar.
A manhã encerrou com o painel dedicado à “Logística Marítima” que reuniu Lídia Sequeira (presidente da Associação dos Portos de Portugal e presidente dos Portos de Setúbal e Lisboa), Fernando Cruz Gonçalves (Coordenador das Licenciaturas de Gestão na ENIDH), José Simão (director-geral da DGRM) e Paulo Ferreira (director de Infra-estruturas e Transportes da ALTRAN).
Houve espaço para o reconhecimento dos méritos dos resultados portuários dos últimos anos ou dos avanços tecnológicos do sistema portuário nacional – nomeadamente com a JUP que em breve vai evoluir para a JUL.
O período da tarde arrancou com o debate sobre “Indústria de Construção Naval”, onde os oradores Bruno Costa (gestor da Atlanticeagle Shipbuilding), Rui Roque (administrador da Nautiber), Filipe Rosa (Desenvolvimento de negócio da West Sea – Estaleiros Navais/Martifer) e João Santos (director-geral da Sun Concept) reflectiram sobre os esforços de um sector com tradição que continua a apostar na inovação e a acompanhar o progresso, quer na área da sustentabilidade energética e económica, quer na própria correlação de forças entre competidores.
Seguiu-se a intervenção de Rúben Eiras, em representação do Ministério do Mar, que abordou as potencialidades do GNL (gás natural liquefeito) e as oportunidades que Portugal poderá captar enquanto ‘hub‘ de ‘transhipment‘ deste novo elemento energético de consumo – um tema que faz parte da “Estratégia para o Aumento da Competitividade Portuária.
Após uma sessão de degustação de pescado português (organizada pela Docapesca) decorreu uma mesa redonda sobre “Marinas e Portos de Recreio / Infra-estruturas, Investimento, Turismo e Valor Acrescentado”, que contou com a presença de Martinho Fortunato (presidente do CA da Marina de Lagos), Hugo Henriques (administrador da Sopromar Centro Náutico), Marina Correia (da comissão executiva da Associação de Turismo de Portimão) e Pedro Vale (fundador da BoatCenter). Os presentes falaram sobre a importância das Marinas e os investimentos necessários para aumentarem a rentabilidade do sector. 
O “Mar em Português” encerrou este dia de trabalhos com um painel composto por Luís Cacho (conselheiro da APLOP e presidente do Porto de Sines), Luís Baptista (presidente da ENIDH) e Nuno Teixeira (da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, responsável pela promoção do Registo Internacional de Navios da Madeira – RIN MAR), no qual foram debatidos temas relacionados com o investimento na formação marítimo-portuária, o crescimento do MAR nos últimos 4 anos e o contínuo potencial de crescimento de produtividade do Porto de Sines.

 

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