O anterior recorde pertencia ao norte-americano Phillip McCoy Midler, que o tinha fixado nas 199.63 milhas e establecido em maio de 2010 entre a ilha de South Padre e Matagorda no Texas, USA.
Agora Lufinha, de 30 anos e ex-campeão nacional de kitesurf, largou da Marina do Douro em Gaia, no dia 17 de setembro, cerca das 15,00 Horas e 29 horas depois estava a chegar à Marina de Lagos.
A proeza foi a distância percorrida, porque o tempo dependeu da força do vento e houve momentos em que a sua falta chegou a desesperar Lufinha. Ao passar ao largo do Cabo Espichel e fazer 200 milhas parte do objectivo já estava conseguido, bater o recorde do norte-americano. As restantes 110 Milhas foram para ampliar o feito.
“Quando fiquei sem vento, a boiar no meio do oceano, com o kite na água e agarrado à prancha estava a fazer as 197 milhas e ainda não tinha batido o recorde que era de 199. Olhava para os números do meu GPS, em frente ao Cabo Espichel, e estava sem vento. Pensava que tudo iria acabar ali.Tanto esforço para nada. Sempre motivado pela minha equipa, fiquei à espera do vento, ao sabor das ondas, que estavam grandes. Quando cheguei às 198 Milhas é que começou a entrar vento, que deu para bater o recorde”
Francisco Lufinha partiu então mais animado para o segundo objectivo que era chegar a Lagos.
“As últimas três horas foram um enorme sofrimento! Dói-me tudo, costelas, joelhos e pés”. Foi o desabafo de Lufinha, mal chegou à Marina de Lagos, às 20.36 horas, do dia 18, quarta–feira. “Estas últimas três horas foram como se tivessem sido nove. Isto deu-me um grande gozo, mas deixou-me de rastos. Não sinto o pé direito há 10 horas. Passei a última hora a pensar no meu fisioterapeuta».
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