De 27 a 29 de abril, o Teatro Lethes, em Faro, voltou a acolher o Scianema, com filmes focados no oceano, na sua preservação e na sensibilização e educação do público relativamente ao que pode ser feito para recuperar e proteger os seres que nele habitam.
A Sciaena, organização não-governamental ambiental que se dedica à conservação e recuperação do meio marinho e promotora do festival, selecionou cinco filmes que foram exibidos em três noites com temas transversais e urgentes, como os impactos do transporte marítimo e a importância das florestas marinhas. Este evento enquadra-se nos esforços mais amplos da Sciaena para ativar os cidadãos na luta contra a crise climática e no reconhecimento do oceano como elemento essencial para a nossa sobrevivência e bem-estar.
“O Scianema é uma das nossas principais apostas no que diz respeito a alertar e sensibilizar o público para os impactos que a humanidade causa debaixo da superfície do oceano e gerar uma conversa aberta sobre o papel que a nossa sociedade deve ter na sua proteção”, refere Nicolas Blanc, membro da Sciaena, sobre o evento.
Dos filmes exibidos destaque para “Black Trail”, um documentário transfronteiriço realizado por Micael Pereira que levanta o véu à tentativa de escape à crise climática por parte da indústria de transporte marítimo, “Entre-Ilhas”, de Amaya Sumpsi, num filme-viagem sensorial pelo arquipélago dos Açores e pelas memórias dos seus habitantes, e as curta-metragens: “The Blue Forest”, de Philip Hamilton, “Voice of the Fish”, de Dona Edite, e “The Trash Cycle”, do ativista Andreas Noe (Trash Traveller), dedicados à conservação marinha.