Organizado pela Associação Portuguesa de Portos de Recreio (APPR), o evento de três dias contou com a participação de mais de 350 delegados da comunidade internacional do sector náutico e incluiu oradores, reuniões, debates e fóruns relacionados com as melhores práticas no mundo das marinas.
Os oradores abordaram temas muito variados, desde a cultura, a economia e o marketing até aos conselhos de interesse comercial específico sobre questões como o financiamento, as comunicações, a regulamentação e a fiscalidade.
Nuno Madeira, do Turismo de Portugal, sublinhou o forte crescimento que se tem verificado na indústria do turismo em Portugal, destacando as grandes oportunidades de investimento no país, incluindo no sector náutico.
A tecnologia disponível para tornar as operações das marinas mais eficientes e, ao mesmo tempo, proporcionar uma melhor experiência ao cliente, foi um dos principais temas abordados. O conceito de Smart Marinas foi amplamente discutido, com a conclusão de que, embora a tecnologia seja um grande facilitador, não substitui as pessoas que proporcionam experiências excecionais aos clientes.
A segunda área de foco foi sobre como as inovações em tecnologia e sustentabilidade estão a ajudar a impulsionar o crescimento e a preservar a indústria. A intervenção final da conferência, feita por Richard Bush, reconhecido especialista australiano na área do ambiente e sustentabilidade, apresentou uma visão perspicaz dos desenvolvimentos no Mar Vermelho e, em particular, dos planos ambiciosos da NEOM para construir um ecossistema de marinas do futuro, completamente sustentável e sem qualquer impedimento de infraestruturas ou formas de trabalho já ultrapassadas.
Para finalizar, o Presidente do ICOMIA, Darren Vaux, foi incumbido do desafio de resumir os três dias da conferência, condensando 72 apresentações e grupos de discussão, três visitas a marinas e uma envolvente atividade social.
As conclusões apontam para a importância da tecnologia, essencial para melhorar a experiência do cliente, bem como da capacidade de adaptação, uma faceta fundamental à medida que avançamos para o futuro. Por fim, a importância da sustentabilidade e dos objetivos sustentáveis. “A perceção sobre as marinas tem de mudar: não basta tentar ser mais sustentável, temos de ser totalmente sustentáveis”, concluiu Darren Vaux.
No encerramento, os organizadores da conferência, Isolete Correia, da APPR, e Martinho Fortunato, da Marina de Lagos, agradeceram a presença dos delegados, provenientes de mais de quarenta países de todos os continentes
Martinho Fortunato sublinhou a necessidade da mudança rumo à sustentabilidade, afirmando “o oceano é o nosso mundo e está em risco. Vamos contribuir para um melhor oceano”.
No final, passaram o testemunho a Veneza, onde se realizará a próxima Conferência Mundial de Marinas, em 2025.