Entre os parceiros do consórcio estão universidades, institutos de pesquisa, organizações de conservação da natureza, empresas privadas, partes interessadas de negócios, governos e municípios.
Do valor total do financiamento comunitário, 10 milhões de euros têm já como destino 17 áreas geográficas diferentes, da Finlândia a Israel, onde muitos rios, riachos e pântanos estão a ser recuperados a um estado quase natural. Estes grandes projetos serão agora expandidos com o financiamento da UE e desenvolvidos com base em modelos europeus.
“Um dos focos é a cooperação com indústrias e setores que podem beneficiar da recuperação dos ecossistemas, como por exemplo, a agricultura, a produção de água potável e as seguradoras. Os efeitos das medidas aplicadas serão contabilizados tanto económica como ecologicamente”, explica Daniel Hering, coordenador do projeto Merlin.
“Muitos setores da sociedade terão a ganhar com a renovação dos ecossistemas, e isso requer a contribuição de muitos atores”, diz, por seu turno, Sebastian Birk, do Grupo de Trabalho de Ecologia Aquática da UDE.
O objetivo do consórcio Merlin é também identificar e criar soluções de financiamento inovadoras para ajudar a melhorar a recuperação ecológica dos ecossistemas de água doce. É neste aspeto particular que assume relevância o envolvimento da empresa portuguesa Connectology no consórcio. Especializada na área de investimentos e projetos de empreendedorismo, a Connectology é a responsável pelo desenvolvimento de instrumentos financeiros prontos para serem utilizados em projetos de renovação dos ecossistemas em toda a Europa.
“Há um potencial enorme de investimento em projetos de recuperação. No entanto, quaisquer iniciativas precisam de ser apresentadas e formatadas numa linguagem que os investidores entendam. A expertise e experiência da Connectology em lidar com investidores serão cruciais para o projeto de novos instrumentos financeiros”, frisa Ana Barjasic, CEO da Connectology.