Atum com radioatividade capturado na Califórnia

21 Dez, 2012 | Pesca

Estudos efetuados com estes exemplares e com outros capturados posteriormente, deram origem a um trabalho efectuado por uma equipa chefiada por Daniel Madigan, da Universidade de Stanford que foi publicado na revista norte-americana ProceedingsoftheNationalAcademyofSciences.
O resultado desse estudo confirmou que a concentração dos elementos radioactivos encontrada nos atuns, é muito abaixo de outros elementos radioactivos naturais e não apresenta perigo para a saúde.
A equipa que analisou os peixes encontrou 4 becqueréis por quilograma do isótopo radioactivo césio-134 e 6,3 becqueréis por quilograma de césio-137. O limite máximo de segurança definido pelas autoridades japonesas é de 100 becqueréis por quilograma de alimento.
Em análises anteriores feitas a peixes naquela região, nunca foi encontrado césio-134, que só é produzido por reactores nucleares e encontra-se em armamento. O césio-137 já está presente oceano devido às poeiras radioactivas dos testes nucleares das décadas passadas. Este isótopo tem um tempo de semivida muito lento, em comparação com o césio-134, cujo tempo de semivida é de dois anos.
Por isso, a única explicação plausível para a presença de césio-134 nestes peixes é a radiação vinda do derrame da central japonesa.
Os resultados “são inequívocos, a fonte é Fukushima”, disse KenBuesseler, da Instituição Oceanográfica WoodsHole, no Massachusetts, Estados Unidos, ao jornal britânico TheGuardian. Segundo o jornal, o reactor nuclear derramou para o oceano Pacífico 18.000 terabecqueréis de radioactividade.
“Nunca diria a ninguém o que é seguro comer e o que não é. Tem vindo a ser claro que, para algumas pessoas, uma quantidade mínima de radioactividade é má e deve ser evitada. Mas comparado com o que existe na natureza e para os limites de segurança que foram estabelecidos, estas quantidades não são nada grandes”, disse Daniel Madigan à Reuters.
Esta espécie tem níveis baixos do isótopo radioactivo potássio-40, que ocorre naturalmente na natureza. Segundo Madigan, a radiação de Fukushima foi responsável por um aumento de 3% da radiação total nestas espécies.
Os atuns que são capturados vão continuar a ser analisados para ver se continuam a revelar radiação.

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