Na reunião estiveram presentes representantes das Câmaras Municipais de Mértola, Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António, da Agência Portuguesa do Ambiente, da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo, da DGRM, do Instituto Hidrográfico, do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas e o adjunto do secretário de Estado das Pescas. De salientar que, desde final de novembro que é possível navegar em segurança no Guadiana até ao antigo porto mineiro do Pomarão.
Historicamente, o Guadiana foi uma das principais rotas de navegação do sul da Península, e por isso, desde o neolítico foi lugar privilegiado para a fixação de populações. Mais recentemente, permitiu entre 1858 e 1965, o escoamento do minério proveniente das minas de São Domingos. Com o fim da exploração mineira, e cessando a navegação comercial regular, a navegabilidade do rio perdeu importância, tendo deixado de ser efetuada a manutenção do canal, ocorrendo assim ao longo dos anos sedimentação e alteração dos fundos.
Não obstante, desde finais da década de 80 que este rio, navegável até Mértola, tem vindo a constituir-se como um atrativo turístico, verificando-se um crescente aumento do tráfego de embarcações turísticas e de recreio e, consequentemente, das atividades marítimo-turísticas na região. Todavia, não estando então reunidas as condições consideradas necessárias a uma navegação segura, a DGRM tem vindo, em conjunto com outros parceiros, a promover faseadamente o desassoreamento do canal navegável, assinalá-lo convenientemente e produzir a cartografia náutica correspondente.