Colisão obriga equipa portuguesa a terminar regatas mais cedo

8 Out, 2016 | Vela

Diogo Cayolla, Skipper da equipa, comentou o incidente: “O vento estava ótimo para regatas e nós estávamos cheios de vontade de velejar para mostrar um bom espetáculo ao público que compareceu em peso esta tarde. Infelizmente tivemos um percalço com o barco americano, são coisas que acontecem… os percursos são muito pequenos e os barcos muito rápidos, é normal haver colisões. Felizmente não houve feridos e agora espera-nos uma longa noite de trabalho para garantir que o barco fica operacional para a final de amanhã”.
Sobre a responsabilidade do acidente, Diogo Cayolla espera que “a organização aceite o nosso protesto e nos dê uma média de pontos pelas 2 regatas em que não pudemos participar uma vez que não tivemos responsabilidade nesta colisão”.
Gil Conde, responsável da equipa técnica, explicou que “numa reparação destas, de um dia para o outro, temos de ter em atenção os tempos de secagem, mas basicamente vamos fazer uma reconstrução do casco do barco, retirar o que está danificado – que ainda é bastante – e refazer as várias camadas que o constituem. Vai ser uma corrida contra o tempo mas seguramente que amanhã o barco estará pronto para competir”.
Quanto ao resto das equipas, é unânime a ideia de que o dia de hoje foi um dos melhores da temporada de 2016. Com o vento a soprar a mais de 20 nós, os GC32 rapidamente “voaram” sobre os foils hidráulicos atingindo 35 nós de velocidade, tornando complicado o controlo dos catamarãs.
A Alinghi mostrou mais uma vez que é a equipa mais consistente em prova conseguindo vencer 2 regatas e alcançando mais 4 pódios, chegando ao último dia com 19 pontos de distância do seu rival mais direto: a equipa francesa NORAUTO. A Oman Air ocupa o 3º lugar, a 28 pontos da equipa suíça.
A Red Bull Sailing Team conseguiu a sua primeira vitória neste Ato e alcançou outros 2 pódios, terminando o dia em 4º lugar. O tático da equipa, Hans-Peter Steinacher, comentou no final do dia “Faço vela há quase 40 anos e nunca enfrentei este tipo de condições tão extremas, as pessoas nem imaginam a velocidade vertiginosa que o barco alcança! É impressionante!”.
A SAP Extreme Sailing Team ganhou a sua segunda corrida do Ato e vai para o último dia em 5º lugar, à frente da Land Rover BAR Academy em 6º lugar e da SAIL Portugal – Visit Madeira em 7º. A Vega Rancing terminou o dia a 8ª posição, apenas 1 ponto à frente da Thalassa Magenta Racing, a primeira equipa feminina a competir nas Extreme Sailing Series.
Amanhã as regatas começam às 15h00. 
 
FOTO: Martina Osini

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