O projeto vai capacitar os portos atlânticos para operarem como hubs de inovação de Economia Azul e aceleração de startups, e com isso diversificarem os seus modelos de negócio e fontes de receita. O consórcio conta ainda com a participação de 11 parceiros europeus e norte-americanos, o apoio de mais de uma centena de parceiros estratégicos provenientes de todo o mundo (empresas privadas, fundos de investimento, aceleradoras, associações empresariais e entidades políticas) e, sobretudo, o envolvimento de 391 portos de diferentes regiões do Oceano Atlântico.
O projeto AspBAN surge para colmatar a necessidade de estas infraestruturas portuárias diversificarem as fontes de receita do seu modelo de negócio, indo além das áreas essenciais de movimentação de carga e passageiros para explorar também as oportunidades das áreas emergentes da aquacultura offshore sustentável, energias renováveis oceânicas e robótica marinha, por exemplo. O objetivo estratégico passa por fazer destes portos um ponto de convergência do ecossistema para o desenvolvimento de novos negócios e de uma economia azul mais sustentável.
Com uma duração de dois anos, o projeto arranca em 2021 com o desenho e a implementação de um programa que pretende atrair 450 startups de todo o mundo, com soluções inovadoras em todos os setores da Economia Azul que usam os portos para o desenvolvimento do seu negócio e operações. O processo de candidatura para a seleção, que usará a recente metodologia de Environmental, Social and Governance (ESG) taxonomy da UE, iniciar-se-á no princípio de 2022. As 30 melhores startups identificadas ao longo do processo de aceleração a ser promovido pelo programa no próximo ano serão selecionadas para desenvolver projetos piloto em 30 portos do Atlântico. Um dos objetivos centrais consiste em alcançar uma redução de pelo menos 100.000 toneladas de CO2 nas operações destes portos.
No que se refere à mobilização de financiamento, o AspBAN tem como meta atrair, no mínimo, 6 milhões de euros em investimento privado efectivo para as startups finalistas, bem como mobilizar 5 mil milhões de euros de potencial investimento privado, contando já com o “Dubai Ports World” como parceiro estratégico – o maior fundo de investimento para infraestruturas marítimo-portuárias sustentáveis do mundo.