Daniel Fonseca venceu Rui Pereira na meia-final e Hugo Pinheiro na final, assinando um percurso exemplar numa prova extremamente difícil pelas condições do mar. “Foi muito complicado“, confessou Daniel Fonseca, que começou a sua participação de forma muito atribulada: “Perdi a prancha, mas consegui passar em terceiro apesar de ter feito apenas uma onda. O mar estava muito difícil e um dos meus adversários não conseguiu fazer nada, pelo que consegui ir às repescagens. Depois, fui passando até chegar à final com o Hugo Pinheiro“
Uma final face a um atleta que já somou vários títulos nacionais e europeus, mas que Daniel passou com categoria:
“O Hugo é um competidor excelente, muito experiente, mas que perde um pouco essa vantagem quando estamos num sistema de prioridades, como é o caso. Tive a sorte de fazer uma primeira onda forte e depois geri a bateria. Depois fiz uma segunda boa onda e assegurei a vitória.”
Um triunfo que baralha um pouco as contas do circuito, com Hugo Pinheiro a assumir a liderança, com dois segundos lugares, após a eliminação do até agora líder António Cardoso, nas meias-finais.
Mas, agora, Daniel Fonseca, de 19 anos, entra nestas contas e, mesmo com grande humildade, não esconde a ambição:
“O nível de bodyboard em Portugal é elevado e existem muitos atletas que podem vencer uma etapa, pelo que só posso dizer que vou tentar ganhar mais vezes e, quem sabe, chegar ao título. Acima de tudo, sei que vou ter uma concorrência muito forte e é essa concorrência que me vai fazer evoluir. Essa é a única certeza.”
Catarina supera doença para vencer
Entretanto, na competição feminina, a experiente Catarina Sousa (32 anos) bateu na final a jovem Mariana Machado, de 19 anos, mas, mais importante, entrou na corrida do título, que até agora era liderada pela 13 vezes campeã nacional, Rita Pires.
Catarina venceu Madalena Pereira na meia-final, enquanto Mariana Machado venceu Teresa Duarte numa meia-final muito disputada (12,5 contra 11,1). Depois, na final, a experiência da ex-campeã nacional veio ao de cima para assegurar um triunfo muito saboroso.
“Foi uma vitória extremamente difícil e inesperada, mas muito gratificante, até porque adorei S. Pedro de Moel“, confessou Catarina Sousa, revelando que quase não participou na etapa de S. Pedro de Moel por motivos de saúde:
“Estive doente durante duas semanas com uma infecção sanguínea que contraí na perna sul-americana do Circuito Mundial e só, praticamente, na véspera do campeonato me senti em condições. Depois, vi que o mar estava grande e com muita corrente e pensei que não seria capaz de ter um bom resultado. Assim, ter vencido aqui foi uma surpresa e uma enorme felicidade.”
Quanto à possibilidade de voltar a conquistar um título nacional, Catarina não esconde o jogo:
“É sempre um objectivo que tenho em mente, e este ano ainda mais, já que não consegui chegar ao título mundial, que já está nas mãos da Isabela Sousa, e não temos circuito europeu, por isso, o Nacional é o prémio maior, o meu horizonte…“{gallery}galerias/bodybord2{/gallery}